Patos de Minas, 4/7/2000
Manoel Almeida,
Em sua coluna (30 de junho) está escrito: "Paradoxalmente, foi a maneira dele salvar seus personagens, há muito ameaçados". O correto é: Paradoxalmente, foi a maneira de ele salvar seus personagens. Segundo a "Nova Gramática do Português Contemporâneo", de Celso Cunha e Lindley Cintra, publicada pela Nova Fronteira, "As preposições de e em contraem-se com o pronome reto da 3a pessoa ele(s), ela(s), dando, respectivamente, dele(s), dela(s) e nele(s), nela(s).
"A pasta é dele, e nela está o meu caderno.
"É de norma, porém, não haver a contração quando o pronome é sujeito; ou, melhor dizendo, quando as preposições de e em se relacionam com o infinitivo, e não com o pronome. Assim:
" Para que há de ele desconfiar de nós e maltratar-te?"(Machado de Assis)”.
Também está escrito na coluna de 30 de junho: "A sexta edição da série, por exemplo, foi entitulada" (...). O correto é intitulada, do verbo intitular.
Entretanto, o que chama a atenção em sua coluna não são erros como “entitulada”. São os dos jornais que você corrige, que pecam pela falta de lógica. Mesmo sem conhecimento profundo, você tem "faro". O estudo de gramática, creio, contribuiria muito.
Lívio Soares de Medeiros.
Terceiro Ano de Letras/Fepam
(Correio de Patos, julho de 2000)
Um comentário:
Os erros gentilmente apontados pelo ilustre leitor foram retificados nesta versão online da coluna. Vide nota no "post" anterior.
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