(Clique na imagem para ler o artigo)
Confesso que Jucere caminhava bem até que, ao final, resolveu pontuar os acertos do “filologista” (título conferido por ele e não por mim). "Como desenhista, nota dez para o talentoso jovem. Como filologista, nota zero vírgula nada...”, asseverou.
O motivo da ira: “LOGRADOUROS PÚBLICOS” (um dos pleonasmos de minha lista e que a honestíssima figura escondeu de seus leitores) era justamente o título de um de seus livros.
Reagi ao golpe baixo no mesmo nível e enderecei ao jornal naquela data (8/8/95) direito de resposta contendo, lamentavelmente, referências de cunho pessoal, reportando à época em que o professor era ridicularizado por alunos da Escola Estadual Prof. Zama Maciel.
Como o desagravo não fora publicado, preparei para a edição seguinte da revista “Phatos” o artigo “O cordão aumenta mais” – o qual também seria censurado. Além de comentar as críticas publicadas pelo “Correio”, o artigo revelava algumas fraudes perpetradas pelo professor, como o crime de plágio previsto no Código Penal. O documento cita as seguintes frases assinadas pelo professor no “Correio de Patos”:
“Todo dia de manhã a gente se levanta e sai de casa. Até chegar aquele dia terrível em que a gente sairá de casa sem se levantar.”
“Ser pobre não é crime, mas ajuda bastante a chegar lá.”
Compare com trechos extraídos da coletânea A bíblia do caos*, do escritor e cartunista carioca Millôr Fernandes:
“Todo dia de manhã a gente se levanta e sai de casa, se levanta e sai de casa, se levanta e sai de casa. Até o dia em que a gente sai de casa sem se levantar” (pág. 426);
“Ser pobre não é crime, mas ajuda a chegar lá” (pág. 16).
Há outras semelhanças entre o guru do Meyer e o de Coromandel, e o assunto poderia estender-se muito mais. Em breve Jucere voltaria à carga, desta vez a mando da “Folha Patense”, episódio que abordaremos em outra oportunidade.
(*) FERNANDES, Millôr. Millôr definitivo: a bíblia do caos. Porto Alegre: L&PM. 1994. 560p.
ombudsboy@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário